Memória das incansáveis reuniões – O ano de 1996 foi muito movimentado. A nossa cidade vivia a perspectiva de conquistar políticas públicas importantes para a nossa população e o governo do professor Cristovam Buarque experimentava o segundo ano do “Memória das incansáveis reuniões – O ano de 1996 foi muito movimentado.
A nossa cidade vivia a perspectiva de conquistar políticas públicas importantes para a nossa população e o governo do professor Cristovam Buarque experimentava o segundo ano do “ Orçamento Participativo,” espaço de decisões importantes onde a comunidade dizia para o governo onde deveria ser aplicado parte do orçamento bruto do GDF, se não me falha a memória, algo em torno de 5% da receita.
Quem se compromete em lutar pela comunidade precisa organizar a sua vida entre família, trabalho, escola e participação popular. O que me vem à memória são as intermináveis reuniões que aconteciam no meio e nos finais de semana.
Nessa hora, é preciso reunir forças para enfrentar os longos debates nas reuniões ordinárias e muitas vezes extraordinárias. Eu integrava a comissão de Educação, pois sabia da importância de lutar pela construção de escolas para a nossa comunidade.
Mas existiam outras comissões, como a de segurança, saúde, trabalho, transporte, todas muito bem representadas por lideranças locais. E recordo-me que falava para as outras comissões que, se a gente investisse metade dos 5% do orçamento em educação, certamente teríamos um reflexo direto nas outras políticas.
De fato, foram debates memoráveis, onde valia à pena participar das decisões para melhorar a nossa cidade, mas, infelizmente as coisas boas realizadas por determinado governo não são consideradas por outros gestores, e a experiência do orçamento participativo durou apenas 4 anos, de 1995 à 1998.