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Para Não Cair No Esquecimento

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O desabamento de parte do viaduto da Galeria dos Estados, na manhã do dia 6 de fevereiro do corrente ano, poderia ter provocado uma tragédia. Por um milagre, não houve vítimas. Após o ocorrido, ficamos apreensivos e nos perguntamos: o que os governan

O desabamento de parte do viaduto da Galeria dos Estados, na manhã do dia 6 de fevereiro do corrente ano, poderia ter provocado uma tragédia. Por um milagre, não houve vítimas. Após o ocorrido, ficamos apreensivos e nos perguntamos: o que os governantes e seus órgãos competentes têm realmente feito até aqui para assegurar a manutenção das inúmeras obras públicas espalhadas pela capital do País e regiões administrativas, especialmente as estruturas que datam da época da construção da nossa Brasília sonhada por JK?

E nos perguntamos mais ainda: sem retirar a responsabilidade das gestões passadas, há planejamento e compromisso do atual governador para vistoriar os viadutos, pontes, prédios e demais equipamentos públicos da cidade?

Sem dúvida, a queda de parte do viaduto no Eixão Sul é mais que um alerta de que a manutenção das obras públicas não é algo que se faça somente após algo de grave ter ocorrido. É preciso que o Poder Público atue periodicamente, e de forma preventiva, na manutenção dessas estruturas.

Segundo informações, as provisões orçamentárias de 2018 não contemplam valores específicos para a manutenção de viadutos na área central de Brasília, apenas construções em outras regiões. Isso demonstra que não há planejamento voltado para tal. De toda sorte, cabe ao poder executivo providenciar os remanejamentos necessários com destinação para a revitalização dos espaços públicos.

A falta de cuidado e conservação das obras e monumentos públicos de Brasília revela não apenas um descaso com a história da capital e com todo o seu patrimônio arquitetônico e urbanístico, mas principalmente com a vida de milhões de pessoas, sejam pedestres, motoristas, ciclistas, cidadãos e cidadãs em geral, que estão expostas a riscos constantes.

A queda de parte do viaduto do Eixão Sul acendeu o alerta vermelho para a situação de conservação/manutenção de outros espaços públicos de Brasília, como a ponte JK, que é um dos principais cartões postais da capital. A ponte está sem monitoramento desde 2016. Por conseguinte, a Barragem do Lago Paranoá também pode vir a desabar por falta de manutenção e excesso de veículos que transitam sobre ela diariamente. 

Que o susto e os prejuízos materiais causados pelo desabamento desse viaduto soem nos ouvidos das autoridades competentes não apenas como alarde de mais um evento casual ou acidente. Que sirva para que o governo mobilize imediatamente uma força tarefa para executar as obras de reparo e reconstrução, se preciso for, desses equipamentos que já se diz estarem com estrutura comprometida.

Em seguida, cabe ao executivo local apresentar projeto e garantir recursos para estabelecer a realização de vistoria anual em pontes e viadutos do sistema viário do DF, sob pena de o governador responder pelo crime de improbidade administrativa. 

Que nenhum gestor público espere acontecer o pior para só depois tomar as medidas preventivas. O depois pode ser tarde demais e pode custar muitas vidas.

Não custa dizer que cuidar da cidade é pressuposto imprescindível para garantia da mobilidade, do bem-estar e da integridade física de cada cidadão. É o direito! E a cidade reclama de cada governante capacidade de gestão da coisa pública e, sobretudo, a compreensão de que do seu trabalho dependem milhares de vidas.

Por Elias Silva

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